sexta-feira, 27 de junho de 2008

Medida Provisória consolida internacionalização do Real

O Diário Oficial da União publica hoje a Medida Provisória 435, que consolida a internacionalização do Real. Com isso os bancos brasileiros ficam autorizados a cumprir ordens de pagamento em reais recebidas do exterior e o Banco Central poderá manter contas em reais em nome de bancos centrais e instituições financeiras estrangeiras que executem serviços de compensação, liquidação e custódia no mercado internacional.


A MP também prevê que as instituições bancárias do exterior constituam correspondente bancários no país em reais. As ordens de pagamento em reais originadas no exterior poderão ser honradas com esses recursos. As transferências para o exterior a partir do território nacional continuam a ser autorizadas unicamente por instituições financeiros autorizadas a operar câmbio no Brasil.


Com informações da Agência Brasil

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Dólar rompe barreira psicológica e fecha abaixo de R$ 1,60

Agência Reuters
O dólar fechou em queda nesta quarta-feira, rompendo a barreira psicológica de R$ 1,60 pela primeira vez desde janeiro de 1999, em uma sessão marcada pela decisão do Federal Reserve de manter a taxa de juro dos Estados Unidos em 2%.

A moeda norte-americana caiu 0,75%, a R$ 1,591. A divisa, que acumula baixa de mais de 10% neste ano, fechou no menor patamar desde 20 de janeiro de 1999.

O dólar operou grande parte do dia acima do piso de R$ 1,60, mas na última hora de negócios, pouco antes do anúncio do Fed, o piso foi rompido.

Segundo Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora de Câmbio, a expectativa maior era "romper o psicológico de R$ 1,60". Após o anúncio do banco central dos EUA, a moeda cedeu ainda mais.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Fed deixou claro em seu comunicado que está bastante preocupado com a direção dos preços dos Estados Unidos, abrindo a possibilidade de aumentos da taxa de juro no futuro.

Galhardo lembrou que o diferencial entre as taxas cobradas interna e externamente não se estreitaram, mantendo a atratividade do Brasil.

"Temos expectativa de mais aumento de juro aqui e lá fora eles continuam segurando (os juros)", completou.

Segundo Marcelo Voss, economista-chefe da corretora Liquidez, o fato do Fed demonstrar preocupação com a inflação dá mais tranqüilidade para o investidor aplicar o seu capital em países emergentes.

"O Fed veio exatamente do jeito que o mercado queria, dando peso à inflação", afirmou o economista. "Como em tese você diminui o potencial de uma estagflação, a lógica é que o Fed não vai perder o controle... quanto mais estável, menor a aversão a risco."

Voss também ressaltou que nos próximos dias o mercado deve acompanhar e repercutir pontualmente "indicador por indicador", dando ênfase especial para os preços do petróleo que, em níveis recordes, têm alimentado a inflação global.

Reinaldo Bonfim, diretor da Pioneer Corretora, acredita que a tendência do dólar continua sendo de queda. "Na casa de R$ 1,50 já estamos, agora resta saber qual é o piso. Se é que isso tem piso."

No meio da sessão, o Banco Central realizou um leilão de compra de dólares no mercado à vista e definiu a taxa de corte a R$ 1,60 real.