segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Dólar fica acima de R$ 1,80 o dia todo e fecha em alta

17/12/2007 - 16h59
São Paulo - O dólar à vista oscilou em alta e acima de R$ 1,80 o dia todo, pressionado pela continuidade do cenário externo negativo (que também enfraquece o índice Bovespa) e por fatores internos, como a indefinição das medidas que poderão ajudar a compensar a falta da CPMF. O rebaixamento pelo banco de investimentos Morgan Stanley da sua recomendação para o Brasil de "igual à referência do mercado de ações" para "abaixo da referência" também pesou.

O dólar à vista fechou em alta de 0,83% a R$ 1,812 na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F). O dólar comercial avançou 0,89% e chegou ao final dos negócios cotado a R$ 1,813 no mercado interbancário de câmbio. O volume de negócios à vista somava US$ 3,3 bilhões por volta das 16h30.

No mercado de dólar futuro, os sete vencimentos negociados projetaram altas, com o dólar de janeiro de 2008 a R$ 1,815 (+0,97%), e o dólar de agosto de 2008 a R$ 1,869 (+0,79%). No leilão de compra realizado à tarde, o Banco Central pagou R$ 1,8119 por dólar.

As tesourarias dos bancos reforçaram os ajustes de posições compradas em dólar no início da tarde, estimuladas pelo rebaixamento do banco de investimentos Morgan Stanley da sua recomendação para Brasil.

Além disso, as quedas das Bolsas em Nova York combinadas com o recuo do rendimento dos títulos do Tesouro americano e do dólar ante o euro confirmam o persistente movimento de busca de proteção por causa das preocupações com a economia norte-americana em meio ao aumento da inflação e a crise no mercado imobiliário de risco (subprime) que respinga no setor de crédito. Em Nova York, o índice Dow Jones reforçava a queda para 0,99% ás 16h50; o Nasdaq caía 1,72%.

Entre outras notícias externas desfavoráveis, o ex-presidente do banco central americano (Fed) Alan Greenspan acenou a possibilidade de estagflação nos EUA e reiterou seu alerta de recessão, que tem 50% de chances de se concretizar, segundo ele.

No Brasil, embora já fosse esperado, o superávit da balança comercial de apenas US$ 190 milhões na segunda semana de dezembro chamou atenção. "O aumento das importações era previsível nesse época e com as incertezas sobre a economia dos EUA por causa da crise do subprime e no setor de crédito os investimentos reforçaram posições defensivas, favorecendo a correção do câmbio. Os exportadores atuaram na venda hoje, mas o fluxo apenas ajudou a amenizar a alta", disse um operador.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/brasil/2007/12/17/ult4469u15667.jhtm

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007