sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Dólar vira e passa a operar em queda nesta sexta (Postado por Erick Oliveira)

Após abrir em leve alta, o dólar comercial virou e passou a operar em queda. Perto das 11h50, a moeda era cotada a R$ 1,8745 na venda, desvalorização de 1,34%.
Na véspera, a moeda norte-americana fechou vendida a R$ 1,90, com alta de 2,26% sobre o fechamento da véspera. É a maior cotação de fechamento desde setembro de 2009.
Para interromper a disparada da moeda nesta quinta, o BC voltou a usar contratos de swaps tradicionais pela primeira vez desde junho de 2009.
No início dos negócios, a moeda chegou a subir quase 5%. A disparada fez o BC intervir e realizar uma oferta de contratos de "swap cambial" tradicionais - que equivalem à venda de divisas no mercado futuro. Com a medida, a moeda chegou a cair, mas voltou a mudar de rumo no meio da tarde.
Do valor de até US$ 5,6 bilhões da oferta em contratos de "swap", US$ 2,71 bilhões (cerca de metade da oferta), foram vendidos pelo BC. Esse tipo de operação, que tende a amenizar as pressões de subida do dólar no mercado à vista, não era realizado desde 26 de junho de 2009, quando o Brasil ainda sentia os impactos da primeira etapa da crise financeira internacional.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Após alta de quase 4%, dólar volta a subir nesta quinta-feira (Postado por Erick Oliveira)

Após subir quase 4% na quarta-feira (21), o dólar comercial volta a operar em alta nesta quinta-feira (22), em meio ao forte movimento de aversão a risco nos mercados globais.
Perto das 12h55, a moeda tinha valorização de 0,96%, a R$ 1,883 na venda. Um pouco mais cedo, por volta das 10h, a  divisa chegou a subir 4,66%, a R$ 1,952 na venda.
Com a piora das perspectivas da economia global sinalizada na véspera em comunicado do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, o medo de uma nova recessão no país volta à tona.
No comunicado divulgado junto a decisão de manutenção do juro, o banco central dos EUA notou que existem riscos de baixa significativos para a perspectiva econômica do país, 'incluindo tensões nos mercados financeiros globais'. Avisou ainda que vai continuar a prestar atenção de perto para a evolução da inflação e para as expectativas inflacionárias.
A moeda não atingia patamar superior a R$ 1,87, no fechamento, desde 7 de junho de 2010, quando fechou a R$ 1,878.  Como o pregão ainda está ocorrendo, contudo, o valor do dólar sobre o real pode oscilar durante o dia.
Com a persistente alta do dólar, o Banco Central anunciou nesta quinta que realizará a oferta de contratos de "swap cambial" tradicionais - que equivalem à venda de divisas no mercado futuro, no valor de até US$ 5,6 bilhões.
Este tipo de operação, que pode amenizar as pressões de subida do dólar no mercado à vista, não era realizado desde 26 de junho de 2009, quando o Brasil ainda sentia os impactos da primeira etapa da crise financeira internacional.
Na véspera, a cotação da moeda norte-americana avançou 3,75%, vendida a R$ 1,858.
Foi o maior valor de fechamento desde o dia 8 de junho do ano passado, quando a moeda estava a R$ 1,860.
Com o resultado da quarta-feira, o dólar acumula alta de 7,27% na semana. No mês, a cotação da divisa disparou 16,67%. No ano, o dólar ganha 11,52%. Nos últimos 15 pregões, o dólar subiu em 14 deles.
Mercados de ações
O mau humor dos investidores nos mercados acionários internacionais e indicadores econômicos dos EUA guiavam os negócios em Wall Street.

Os agentes estão cautelosos com as perspectivas econômicas globais, com os efeitos da crise da dívida soberana e com a avaliação do Federal Reserve (Fed) sobre a economia americana.

O dia começou no vermelho nos mercados mundiais. As bolsas asiáticas fecharam o pregão desta quinta-feira em queda, mesmo depois de o Fed (Banco Central dos Estados) ter anunciado medidas para evitar recessão, na véspera.
A Bolsa de Tóquio fechou em baixa de 2,07%. O índice Nikkei 225 perdeu 180,90 pontos, e encerrou o dia em 8.560,26 unidades.
As principais bolsas europeias operam seguindo o mercado asiático, com quedas superiores a 4%.
Na quarta-feira, o Comitê de Política Monetária do Fed afirmou, em comunicado, que pretende adquirir, até o final de 2012, US$ 400 bilhões em títulos da dívida do Tesouro de longo prazo, com vencimento entre seis e 30 anos. Ao mesmo tempo, a autoridade monetária pretende vender o mesmo valor em títulos de curto prazo (três anos ou menos).

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dólar opera com valorização nesta quarta-feira (Postado por Erick Oliveira)

O dólar comercial opera com valorização nesta quarta-feira (21), impulsionado pelo nervosismo dos investidores em relação à incerteza do cenário econômico externo. Perto das 13h30, a moeda subia 2,51%, cotada a R$ 1,834 na venda. A cotação do dólar, contudo, chegou a R$ 1,84 por volta das 12h20.
A atenção dos investidores está na reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que pode divulgar, em anúncio marcado para as 15h15, medidas para estimular o crescimento dos EUA.
Um operador de câmbio de um grande banco nacional citou influência de compras de dólar por estrangeiros e altos volumes de negócios após a abertura do mercado.
Na bolsa de valores, no entanto, o nervosismo não impede a alta do Ibovespa. Às 12h28, o indicador subia 1,19%, aos 57.049 pontos.
Uma das possibilidades consideradas por investidores é que o Fed anuncie um ajuste na composição de seu balanço com o objetivo de reduzir as taxas de juros de longo prazo.
"O anúncio da operação teria um ligeiro efeito de queda do dólar", afirmou a equipe de estratégia da Scotia Capital. "Enquanto a política monetária dos Estados Unidos continuar a ser afrouxada, o dólar provavelmente só subirá por causa de aversão a risco".
Na Europa, onde os investidores temem um calote da dívida da Grécia, o governo grego prepara o anúncio de novas medidas de austeridade para tentar controlar o déficit.
Véspera
Na terça-feira (20), a moeda fechou com valorização pelo terceiro dia seguido. A cotação da moeda norte-americana avançou 0,80%, a R$ 1,7908 na venda.

Foi o maior nível de fechamento desde o dia 1º de julho do ano passado, quando o dólar fechou vendido a R$ 1,796. Na segunda-feira (19), o avanço foi de mais de 2%.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011


Dólar fecha com 10ª alta seguida e BC não atua sobre moeda

O dólar subiu pelo décimo dia seguido nesta quarta-feira, provocando o primeiro dia sem intervenções do Banco Central (BC) na gestão de Alexandre Tombini como presidente. A alta chegou a diminuir no final da tarde, após comunicado conjunto de Alemanha e França garantindo a presença da Grécia na zona do euro e exigindo o cumprimento das medidas fiscais combinadas com os credores internacionais. A moeda americana avançou 0,63%, a R$ 1,723 para venda. É o maior nível desde 29 de novembro passado, quando a moeda fechou a R$ 1,724 para venda. Em dez sessões, o dólar acumula alta de 8,45%.Dados do BC divulgados nesta quarta revelaram que a intervenção já era praticamente nula em setembro, com a compra de apenas US$ 214 milhões dos US$ 8,120 bilhões que entraram no País no mês até dia 9. O último dia em que a autoridade monetária deixou de intervir no mercado à vista de câmbio foi em 24 de dezembro do ano passado, véspera de Natal. Antes disso, o BC deixou de atuar também no dia 22 de dezembro.Tombini assumiu o BC no início do ano, junto com a chegada de Dilma Rousseff à Presidência da República. Profissionais de mercado ouvidos pela Reuters consideraram natural a postura do BC diante da alta recente do dólar, e afirmam que o mercado de câmbio tem preservado boas condições de liquidez. "Nada demais. Somente que o câmbio está num patamar bom para o governo, e com o cenário global conturbado, o câmbio tem menores riscos de cair muito novamente", disse o operador de uma corretora em São Paulo.Operadores têm relatado uma demanda firme por dólares por parte dos investidores estrangeiros, principalmente por causa da deterioração da crise da dívida na Europa. Segundo dados da BM&FBovespa, os investidores não residentes tinham posição comprada líquida de 44.581 contratos de dólar futuro na terça, o que, consolidando com os 280.846 contratos de venda em cupom cambial (DDI), representava a menor posição vendida em dólares de estrangeiros desde março.Os bancos também têm mostrado bastante demanda por dólares, mas no mercado à vista. O banco francês BNP Paribas estima que as instituições financeiras tenham agora posição comprada de US$ 1,5 bilhão no mercado de câmbio, ante posição vendida de US$ 6,257 bilhões no fim de agosto.O mercado teme que a Grécia seja obrigada a declarar moratória. O País não tem conseguido cumprir as metas definidas em um programa de ajuda internacional. No Brasil, a perspectiva de juros menores nos próximos meses contribuía para acelerar o processo de desvalorização do real. Hoje, a Selic está em 12% ano ano mas, segundo a pesquisa Focus do próprio BC, o mercado prevê que ela fechará 2011 a 11%.O estrategista do BNP Paribas, Diego Donadio, recomenda a venda da moeda brasileira ante uma cesta de divisas da América Latina, apostando na queda relativa do real dentro da região. "Vemos razões muito boas para esperar que essa dinâmica permaneça nos próximos meses", escreveu em relatório.O Citigroup também recomenda a compra de dólares, com alvo a R$ 1,744 em contratos a termo para 21 de dezembro. Além dos juros menores, o banco avalia que a moeda americana "tende a subir em períodos de retração econômica".Na opinião do secretário do Tesouro, Arno Augustin, a subida recente do dólar "está em linha com o que a gente considera adequado". A taxa Ptax , calculada pelo BC e usada como referência para os ajustes de contratos futuros e outros derivativos de câmbio, fechou a R$ 1,7288 para venda, em alta de 0,94%.
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