domingo, 23 de setembro de 2012


Dólar fecha estável nesta



sexta, após 



fala de Mantega sobre



câmbio


Ministro ameaçou usar novas ferramentas para segurar a moeda dos EUA.
Moeda norte-americana fechou em baixa de 0,01%, a R$ 2,0233.

Do G1, com informações da Reuters
O dólar terminou estável nesta sexta-feira (21), em mais um dia de baixa volatilidade no mercado de câmbio doméstico, após o ministro da Fazenda, Guido Mantega, reiterar a posição do governo de fazer o que for necessário para evitar a apreciação do reale disparar um alerta sobre a chamada "guerra cambial".
A moeda norte-americana fechou em baixa de 0,01%, a R$ 2,0233. Na semana, a moeda acumula alta de 0,61%, e no ano, de 8,28%. No mês de setembro, o dólar acumula queda de 0,36%
"Hoje a ameaça do Mantega foi mais forte. Ele foi mais incisivo: falou que pode aumentar IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), que o juro tem espaço para cair, então o (investidor) estrangeiro não fica tão confortável com esse discurso", afirmou o economista-chefe da BCG Liquidez, Alfredo Barbutti.
O ministro da Fazenda afirmou nesta sexta-feira durante  viagem à Londres que o Brasil não permitirá uma valorização excessiva do real e que está preparado para tomar todas as ações para impedir isso, incluindo "aquelas que adotamos no passado". A fala de Mantega foi uma resposta a uma carta do governo dos Estados Unidos criticando o suposto aumento do protecionismo brasileiro. O Brasil, por sua vez, critica as medidas tomadas pelos EUA para incentivar sua economia – o Banco Central do país vem comprando bilhões em títulos "podres" do mercado, e "inundando" o mercado de dólares, causando a queda na cotação da moeda.
Entre as medidas que o governo pode tomar para limitar a entrada de capital especulativo no Brasil está a ampliação do prazo de empréstimos externos que tem incidência da alíquota do IOF de 6 por cento, atualmente de até dois anos. Outra opção seria aumentar o IOF sobre as posições líquidas vendidas em derivativos cambiais, cuja alíquota está atualmente em 1%.
"Se os swaps do Banco Central não resolverem, com certeza o governo entra com taxações, usando as ferramentas que ele usou no passado, mexendo em prazos de investimento  externo, por exemplo", disse o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mario Battistel.
Para evitar um recente repique do real nas últimas sessões, quando os mercados foram abastecidos por otimismo devido a ações de estímulo de bancos centrais pelo mundo, o BC brasileiro interveio com força por meio de leilões de swap cambial reverso, que equivalem a compras de dólares no mercado futuro e que seguraram o dólar acima de R$ 2.
"Os swaps mostraram que o BC está decidido a manter o dólar acima de R$ 2... Se o mercado quiser avançar (puxando a queda do dólar), ele ainda pode fazer mais swaps e pode ainda monitorar os fluxos e atuar no mercado à vista também", afirmou Barbutti, da BCG.
As declarações do Mantega refletem a preocupação do governo com recentes ações de bancos centrais como o Federal Reserve, autoridade monetária dos Estados Unidos, que anunciou na semana passada um programa de estímulo ilimitado que injetará liquidez nos mercados financeiros. Parte dos recursos extras gerados por tais estímulos podem se dirigir para mercados emergentes, com investidores em busca de rendimentos mais altos, provocando ganhos em moedas como o real e a rúpia indonésia.
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quinta-feira, 6 de setembro de 2012


Euro sobe frente ao dólar após medidas do BCE

O dólar subiu frente ao iene, em reação a dados sobre o nível de emprego nos EUA em agosto, que superaram as previsões

Renato Martins, da 

Thomas Coex/AFP
Moeda de euro
Moeda de euro: as importações caíram 1,6%
Nova York - O euro subiu nesta quinta-feira para o nível mais alto em dois meses frente ao dólar, depois de o Banco Central Europeu (BCE) anunciar um plano de compras de bônus de países da zona do euro em dificuldades. O dólar subiu frente ao iene, em reação a dados sobre o nível de emprego nos EUA em agosto, que superaram as previsões. O mercado também operou na expectativa dos dados do nível de emprego nos EUA em agosto, que saem nesta sexta-feira.
"Não é uma bala de prata que vai resolver todos os problemas da Europa, de jeito nenhum, mas essas medidas permitirão alguma estabilização dos bônus dos países da periferia da zona do euro, o que deverá ajudar a aliviar os estresses do euro", comentou o estrategista Robert Lynch, do HSBC, referindo-se ao anúncio do BCE.
Analistas disseram que uma alta sustentada do dólar frente ao iene dependerá de novas medidas de estímulo à economia que eventualmente sejam anunciadas pelo Federal Reserve na reunião da próxima semana. "Se o Fed anunciar mais relaxamento quantitativo, o dólar voltará a cair frente ao iene", disse o estrategista Marc Chandler, da Brown Brothers Harriman.
No fim da tarde em Nova York, o euro estava cotado a US$ 1,2632, de US$ 1,2601 ontem, depois de ter chegado a subir a US$ 1,2652, nível mais alto desde 2 de julho; o iene estava cotado a 78,86 por dólar, de 78,39 por dólar ontem; o franco suíço estava cotado a 0,9535 por dólar, de 0,9556 por dólar ontem; a libra estava cotada a US$ 1,5933, de US$ 1,5903 ontem. As informações são da Dow Jones.

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