Bovespa segue mercado mundial e perde 1%; dólar vale R$ 1,75 (Danuza Peixoto)

DE SÃO PAULO

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) acentua o ritmo de perdas na jornada desta segunda-feira. Analistas destacam a agenda econômica carregada desta semana. Um dos destaques é a nova reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), para decidir a taxa básica de juros do país, hoje em 10,75% ao ano. Economistas estão divididos entre a aposta em outro ajuste de 0,50 ponto percentual e a manutenção da taxa no patamar atual.

O Ibovespa, principal índice de ações, recua 1,03%, aos 64.907 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,27 bilhão. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, cai 0,27%. Na Europa, a Bolsa de Frankfurt cede 0,9%.

O dólar comercial é vendido por R$ 1,757, em alta de 0,22%. A taxa de risco-país marca 221 pontos, número 3,27% acima da pontuação anterior.

Entre as primeiras notícias o dia, o Departamento de Comércio dos EUA reportou um aumento de 0,2% no nível de renda dos trabalhadores americanos, e um crescimento de 0,4% no nível de gastos no mês de julho. Economistas do setor financeiro projetavam um avanço de 0,3% para ambos os indicadores.

O governo japonês comunicou um novo plano de estímulo à economia, orçado em US$ 11 bilhões, e que entre seus objetivos o combate aos efeitos da valorização da moeda nipônica (o que afeta a balança comercial do país).

No front doméstico, o boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, apontou que a maioria dos economistas de bancos e corretoras reduziu suas projeções para a inflação deste ano --a mediana das estimativas caiu de 5,10% para 5,07% (expectativa para o IPCA). A previsão para a taxa básica de juros, a Selic, para o fim deste ano continuou em 10,75% (patamar atual).

A inflação medida pelo IGP-M atingiu 0,77% em agosto, ante 0,15% no mês anterior, e bem acima da variação de 0,67% projetada por analistas do mercado.